Sempre tive curiosidade de saber
sobre o que a Thalita Rebouças escreve. Fico encantada de ver que ela está
sempre cercada por adolescentes eufóricas. E ela própria se parece com uma.
Brincadeiras a parte, por estes dias, tive a oportunidade de ler dois de seus
livros, da coleção “Fala sério”: “Fala sério, professor” e “Fala sério, amor”.
Logo de cara, descobri o que agrada tanto à moçada. Os livros são compostos por
crônicas que vão se complementando e contando alguns momentos da vida de Malu,
a protagonista. Cada capítulo trata de uma determinada idade da vida dela, dos
3 aos 22 em um e dos 7 aos 21 em outro. As situações são engraçadíssimas, a
narrativa é leve e descontraída. Os livros são infanto-juvenil, o que não
impede que os adultos se divirtam também, pois as situações pelas quais ela
passa não são novidade para nós. Todas nós já passamos por várias delas. O
primeiro amor aos 7 anos, o primeiro beijo, as implicâncias da mãe, a amizade do
namorado com o pai e o irmão, o primeiro
almoço na casa do namorado, a conversinha de neném quando se está apaixonada,
os tipos estranhos, mais conhecidos hoje como malas, que vão surgindo e uma
infinidade de outros acontecimentos cômicos fazem parte do livro “Fala sério, amor”.
Ao contrário de muitas amigas minhas, sempre
adorei o momento de conhecer os pais dos meus namorados. Sou ótima com eles.
Cativante, carismática, articulada, divertida, inteligente, irônica...e
modesta, claro. Enfim, sou tudo o que os pais procuram numa namorada do filho.
Pais e mães sempre me amam. Sempre!
Quero dizer... quase sempre.
Situações engraçadas também nos
são relatadas quando Malu se lembra dos antigos professores em “Fala sério,
professor”. O primeiro dia de aula na escola infantil, a foto na escola, com a
presença indesejada da mãe, o passeio à Bienal do livro, a paixão pelo
professor, a conversa fora de hora, as notas baixas, sem falar nos outros
professores que passam pela vida da garota, o da academia, o da auto-escola, de
teatro, de balé...
Ela não ia fazer uma pergunta! Ela já tinha
feito uma pergunta!
Caraca! Fer-rou! Entrei em pânico. Naquele momento,
eu tive certeza de que a morte era iminente, vi a minha vida inteira passar
pela minha cabeça.
...
- Petróleo! – bradei,
de peito estufado.
Segundo de silêncio. Segundos
e mais segundos de gargalhadas gerais. Mais gargalhadas. Eu vermelhei da cabeça
aos pés.
- Petróleo, Maria de Lourdes? – chocou-se
Lucinda. – Fala sério, Maria de Lourdes! Que mico, hein, Maria de Lourdes? –
humilhou.
A leitura é despretensiosa, não
tem nenhuma intenção de passar mensagens de otimismos, lições de vida ou
valores morais nem qualquer outra coisa. Quando você estiver a fim de rir
muito, é só pegar um dos livros e mergulhar no dia a dia desta adolescente “tão legal, tão fofinha, tão gente boa, tão
limpinha...”, como ela mesma gosta de se caracterizar quando se envolve em
alguma situação surreal, questionando-se Por quê?
Além dos dois que eu li, outros fazem
parte da coleção: Fala sério, amiga; Fala sério, pai; Fala sério, mãe; Fala
sério, filha. Não li todos ainda, mas com certeza, lerei assim que puder. E
para terminar, eu super recomendo a leitura.
Espero que curtam as dicas. Beijos
e boa leitura!
"Neste baú de memórias, Malu encontrou ótimas histórias para contar. Diversão garantida para alunos, pais e, claro, professores."
Ois Adriana,
ResponderExcluirExcelente comentário, aqui está um livro que deve valer bem a pena, até para esquecermos um pouco dos problemas que se passa nesse mundo e mesmo no nosso dia a dia, nada como uma leitura que nos proporcione bons momentos :)
Bjs e boas leituras
Olá, Fiacha. Obrigada pelo comentário. Realmente são livros leves, divertidos, que nos fazem rir muito, pura descontração. Boas leituras a você também. Ah, visitei seu blog e gostei muito. Abraços.
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